a mulher nascida nos anos oitenta, que aprendeu a dançar kaoma antes mesmo de andar, crescida na vibe é o tcham no havai dos anos noventa, adolescente nos anos doismil e adulta desempregada no apocalipse pandêmico: é óbvio que eu faria um blog. eu não sei mais nada de layout, html e como colocar estrelinhas que seguem o cursor do mouse, mas era assim que fazíamos blogs quando tudo aqui ainda era mato. falando em mato, eu tenho muitas plantas. e me sinto velha. por isso esse nome ridículo para um blog, mas é o que minha criatividade em crise conseguiu fazer. sinto falta do espaço para escrever e colocar fotos sem a pressão empreendedora do instagram. minha vida atualmente tem se resumido a cuidar da casa que divido com meu parceiro, procurar emprego e fugir dos textos da faculdade. faço um suco verde pela manhã e pedalo para não enlouquecer. tudo isso cheia de alcogel e usando máscara. tenho certeza que minha analista faz um baldão de pipoca cada vez que vamos nos encontrar pela te...